Os meteorologistas do Nordeste, reunidos na sede da
Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN), em Natal, nos
últimos dois dias, após análise dos parâmetros climáticos, concluíram que na
região ao Norte do Nordeste brasileiro a previsão é que “predomine a condição
de chuva de normal e abaixo do normal da média histórica, com grande
variabilidade temporal e espacial para o período de março a maio no semiárido
nordestino”.
Os especialistas lembram ainda “que como poderão haver
mudanças significativas referentes aos parâmetros oceanos/atmosféricos durante
as próximas semanas, principalmente nos oceanos, é de extrema importância um
monitoramento contínuo nessas regiões que possam inserir algumas mudanças no
atual prognóstico”.
A análise dos resultados dos modelos oceânicos, que
simulam o comportamento da temperatura da superfície dos oceanos para os
próximos meses, segundo os meteorologistas, mostra uma tendência de aquecimento
das águas superficiais do Oceano Pacífico, o que poderia significar a formação
do Fenômeno El Niño, situação essa que poderia prejudicar a ocorrência de
chuvas no semiárido Nordestino.
No entanto, devido ao comportamento apresentado nos
últimos meses pelo oceano Pacífico, que ora tem aquecido e ora resfriado, os
meteorologistas, de forma unânime, não levaram em consideração essa tendência,
entendendo que o oceano Pacífico irá, pelo menos nos próximos dois meses,
mostrar uma tendência de normalidade.
Afirmam ainda que, no caso do oceano Atlântico, a
tendência para os próximos meses é de uma situação do Atlântico Sul levemente
mais aquecido que o Atlântico Norte, o que indica uma condição melhor na
ocorrência de chuvas para os meses de março, abril de maio de 2015, quando
comparada com a condição apresentada no mês anterior.
Por outro lado, os resultados dos modelos numéricos de
previsão de chuva para a região não foram levados em consideração na análise
dos meteorologistas, uma vez que esses modelos utilizam uma condição prevendo o
aquecimento do Oceano Pacífico, o que não vem se confirmando nos últimos meses,
prevalecendo, assim, a opinião de que as condições sinóticas serão dominantes.
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