Em
reunião de quase quatro horas com deputados e senadores petistas em Brasília, o
ex-presidente Lula cobrou nesta segunda-feira (29), união das bancadas do partido e reação
"coletiva” dos parlamentares aos ataques e críticas da oposição “com o
mesmo radicalismo” dos opositores, segundo o relato de líderes do partido.
O
encontro com parlamentares, em um centro de convenções em Brasília, foi
agendado a pedido de Lula, depois do mal-estar gerado na semana passada pelas
declarações do ex-presidente de que o partido está “abaixo do volume morto” e que
precisava se reinventar. Para evitar vazamentos na reunião, deputados e
senadores petistas deixaram celulares fora da sala onde
ocorreu o encontro.
Questionado
sobre como seria, na prática, a reação cobrada por Lula, o líder do governo na
Câmara, José Guimarães (PT-CE), disse que a orientação é fazer disputa "no
nível necessário". O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), explicou
que não se trata de ser “mal educados". De acordo com Costa, o partido não
contesta “de forma adequada” o que ele chama de “cerco violentíssimo sobre o
partido e o governo” feito pela imprensa em conjunto com a oposição.
Sobre as
críticas feitas por Lula ao PT, José Guimarães minimizou o que ele chamou de
“força de expressão” e garantiu que se trata de uma “página virada” e que
“ninguém conseguirá separar o Lula do PT, nem Lula de Dilma”. Segundo o líder
do PT na Câmara, Sibá Machado (AC), o ex-presidente também pediu mais união das
bancadas para alinhar um discurso em defesa do partido.
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