A popularidade do governo Dilma Rousseff continua baixa. Na avaliação de 69% da população, o atual governo é ruim ou péssimo, número similar aos 70% registrados em dezembro de 2015. Esse é o quarto trimestre consecutivo que o governo de Dilma Rousseff alcança o maior percentual de desaprovação registrado desde o fim do governo José Sarney, informa a pesquisa CNI-Ibope, divulgada nesta quarta-feira (30), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Conforme o levantamento, apenas 10% dos brasileiros consideram o governo ótimo ou bom. A popularidade é um pouco melhor na região Nordeste, onde 18% avaliam o governo como ótimo ou bom. Na região Sudeste, o percentual cai para 7%.
Entre os entrevistados, 80% não confiam na presidente e 82% desaprovam sua maneira de governar. Quanto maior o grau de instrução do entrevistado, menor é a aprovação da maneira de governar da presidente. Entre as pessoas que têm até a quarta série do ensino fundamental, 70% desaprovam e 24% aprovam a maneira de governar da presidente. Entre os que têm educação superior, 87% desaprovam e 9% aprovam a maneira de governar da presidente.
Além disso, 80% dos brasileiros dizem que o segundo governo Dilma está sendo pior que o primeiro e 68% acham que o restante do mandato da presidente deverá ser ruim ou péssimo. “A popularidade da presidente é baixa inclusive entre seus eleitores”, observa a pesquisa. Quase metade (48%) das pessoas que declararam ter votado em Dilma Rousseff no segundo turno das eleições presidenciais consideram seu governo ruim ou péssimo e 65% desaprovam a maneira de governar da presidente.
Os brasileiros estão especialmente insatisfeitos com as políticas para impostos e juros. De acordo com a pesquisa, 91% desaprovam a atuação do governo na área de tributos e 90% reprovam a taxa de juros. Em seguida, no ranking de insatisfação da população aparecem as ações na área de saúde, em que o governo tem 87% de desaprovação, e de combate ao desemprego e controle da inflação, ambas com 86% de reprovação.
As áreas em que há menor insatisfação das pessoas é a de combate à fome e à pobreza (69% de desaprovação) e meio ambiente (68% de desaprovação). Em seguida, vem a educação, com 74% de reprovação.
Essa é a primeira pesquisa CNI-Ibope deste ano. O levantamento ouviu 2002 pessoas em 142 municípios entre os dias 17 e 20 de março. A margem de erro estimada é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.
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