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OLIMPÍADA SEM MIMIMI

Ricardo Boechat - ISTOÉ
Por iniciativa do Palácio do Planalto, os ministros e autoridades do segundo escalão vêm se submetendo a um treinamento para exibir discurso padronizado na Olimpíada e na Paraolimpíada. O objetivo é evitar passar uma imagem ruim do Brasil para interlocutores daqui ou do exterior.
Caso o trabalho articulado tivesse começado mais cedo, os Jogos no Rio de Janeiro estariam mais enaltecidos pelo esporte e menos pela possibilidade de ser palco de ação terrorista. O mundo hoje impõe investigações que previnam atos patrocinados pelo EI ou praticados por franco alucinados.  O Brasil precisa mesmo priorizar a segurança pública, com intensa cooperação entre órgãos governamentais, tudo, entretanto, de forma silenciosa e técnica, sem ôba-ôba.
Algumas autoridades, contudo, meteram os pés pelas mãos às vésperas dos Jogos.  O prefeito carioca Eduardo Paes foi de uma inabilidade brutal quando, por exemplo,  em entrevista à CNN criticou o “trabalho horrível” na área de segurança pública no Rio  de Janeiro, como se não tivesse responsabilidade com as pessoas e a imagem da cidade. Deveria ter tido o bom senso de dizer que os cidadãos não estarão entregues à própria sorte na cidade, onde acharão vigilância igual ou melhor do que a de outros grandes eventos.
Cabe também um puxão de orelhas em Alexandre de Moraes (foto acima). Em nenhum país um ministro da Justiça dá coletiva para falar da prisão de pessoas suspeitas de terrorismo. É alguém da força policial que faz isso. Notem que o juiz federal do caso, Marcos Josegrei, dias depois da detenção, mostrou-se preocupado com o risco de a ação ser classificada como preconceito religioso. Condene-se, ainda, a portaria do ministro, restringindo o acesso dos advogados aos réus. Isso contraria a lei e o bom senso. Enfim, a obrigação das autoridades públicas é prevenir com inteligência e cooperação. Combater sem exibicionismo. Os brasileiros – e estrangeiros – merecem uma Olimpíada 100%, com respeito aos direitos individuais e à Constituição.

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