A maior dificuldade enfrentada pela governadora eleita Fátima Bezerra é a falta de plano de governo. Na campanha, por mera formalidade, ela protocolou no TRE um plano de governo do estado do Piauí elaborado pelo seu colega de partido Wellington Dias.
Agora a realidade é diferente, faltando 33 dias para assumir o governo, Fátima tem dúvidas de como deve proceder para estancar a crise financeira do RN. Comprometida com servidores e sindicatos, sem querer privatizar empresas e com visão da estrutura do estado forte e grande, Fátima tem poucas opções para tentar reverter a situação do quadro econômico.
Vai mirar na repactuação dos repasses para os Poderes, na recuperação da dívida ativa e cortes de isenções fiscais. Vai bater com a cara na porta. Não tem muito o que cortar dos repasses constitucionais. Os R$ 7 bilhões da dívida ativa é um número fictício. É todo de histórico de dívidas de empresas com RN, sendo que algumas já fecharam há 40 anos. Créditos bons não passam de R$ 400 milhões, mesmo assim, tem todo processo de execução fiscal pela frente.
Só resta os cortes das isenções fiscais, uma faca de “dois legumes”. É relativamente fácil rever os contratos. Se pretende achar alguma irregularidade é só aumentar a lupa das fiscalizações. O risco traduz-se em 35 mil empregos. Paraíba, Pernambuco e Ceará estão doidos por essas empresas.
De Gustavo Negreiros
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