A aprovação recorde do presidente Jair Bolsonaro na pesquisa do instituto Datafolha divulgada na noite de quinta-feira, com 37% dos entrevistados opinando positivamente sobre o governo, foi impulsionada, entre outros fatores, pela mudança na avaliação dele entre entrevistados que moram na Região Nordeste, que ganham até dois salários mínimos ou que estão desempregados.
No intervalo de um ano, desde estudo semelhante realizado em agosto de 2019, esses estratos sociais registraram aumento significativo no índice de pessoas que consideram o governo bom ou ótimo, bem como diminuição expressiva na taxa de rejeição. Os dados indicam que a alteração pode estar relacionada à concessão do auxílio emergencial durante a pandemia de Covid-19.
No Nordeste, em que 40% da população solicitou a assistência de R$ 600 mensais, houve o maior aumento relativo da aprovação bolsonarista no corte por regiões. Os entrevistados que consideram a administração boa ou ótima passaram de 17% em agosto de 2019 para 33% atualmente.
A recuperação já havia sido identificada na pesquisa mais recente, em junho, quando 27% dos nordestinos ouvidos pelo Datafolha avaliaram Bolsonaro positivamente. Alteração ainda mais significante ocorreu na rejeição regional do presidente. Há um ano, 52% dos entrevistados locais o consideravam ruim ou péssimo. O índice foi mantido em junho, mas, após os últimos dois meses, caiu para 35%.
O Globo
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