Vice-governador Antenor Roberto com a governadora Fátima Bezerra em 2018
O vice-governador Antenor Roberto (PCdoB) afirmou, em entrevista ao Portal AGORA RN, que a definição do companheiro de chapa da governadora Fátima Bezerra (PT) nas eleições gerais de 2022 será resultado de uma construção política e que essa discussão ainda não aconteceu com ele. Antenor destacou que as conjecturas levantadas até o momento são precipitadas. A resposta veio após questionamento se ele abriria mão do cargo para outros partidos, inclusive o MDB.
“Temos que ver com naturalidade a reeleição do segundo mandato. A questão não é abrir ou não abrir mão. A questão é que houve uma precipitação de anúncios, como se existisse candidatura a vice. Não existe candidatura a vice, essa questão do vice é um resultado final de uma construção política, então o que ficou esquisito para muita gente é as pessoas se apresentarem como candidatos”, respondeu.
Ainda na entrevista, Antenor Roberto avaliou que a sua permanência como vice de Fátima no pleito de 2022 vai depender de como a governadora conduzirá o processo de sua sucessão. “Se eu vou continuar ou não sendo vice de Fátima, vai depender de como ela vai concluir a coordenação da negociação da sucessão dela. Essa discussão ainda não aconteceu comigo”, acrescentou.
O vice-governador também comentou a concentração de nomes já apresentados como possíveis candidatos ao Senado da República. “Aqui no estado está acontecendo uma grande possibilidade de candidaturas para o Senado, muitas vezes em detrimento da candidatura ao governo, em razão da construção do governo Fátima, com diálogo, transparência de inclusão e ausência de uma plataforma da oposição, que é o legado do governo Robinson Faria, que é um legado difícil de ser defendido”, pontuou Antenor na conversa com o AGORA RN.
Sobre uma eventual aliança do PT com o MDB, o vice-governador avaliou essa possibilidade como natural. “Não vejo nada de estranho nisso. Pela performance anterior do ex-presidente Lula, ele sempre rompeu em seu próprio partido ideias de alianças estreitas. Lula se reestabelece na política, depois de mais de 500 dias de prisão. Com essa suspeição do Sergio Moro, Lula volta com uma grande legitimidade”, disse.
Também na entrevista ao Portal AGORA RN, o vice-governador defendeu a gestão Fátima Bezerra (PT) das críticas do ministro das Comunicações, Fábio Faria, que esteve recentemente no Rio Grande do Norte, ao lado do presidente Jair Bolsonaro. Fábio chamou a governadora de “cara de pau” e “mentirosa” que, segundo ele, quis ganhar a “paternidade” da compra das vacinas contra a Covid.
“Diferente do que ele diz, que o governo federal teve protagonismo nas vacinas, a CPI está dizendo que o governo federal que cometeu inverdades, os governadores do Brasil que criaram um amplo movimento, conseguindo levar o governo federal a fazer as contratações, inclusive o último contrato da Sputnik foi feito pelos governos do Consórcio Nordeste. Então, ele está faltando com a verdade, não a governadora”, disparou, acrescentando:
“O governo que ele (Fábio Faria) representa é responsável por toda essa tragédia. A governadora está no outro campo, lutando por vacinas. O fato de as vacinas serem compradas pelo governo federal é mais de que obrigação, faz parte do Plano Nacional de Imunização. Ele ficou devendo isso, foi responsável por mais de 500 mil mortes, então devagar com o andor que o santo é de barro. Ele tem um histórico de político com os pés de barro, tem que ter muito cuidado com o que anda dizendo por aí”.
CPI
Antenor Roberto ainda comentou a instalação da CPI da Covid pela Assembleia Legislativa do RN. Segundo o vice-governador, a gestão estadual está tranquila quanto à investigação. “Nós respeitamos a legitimidade do parlamento. O governo está bem tranquilo em relação ao objeto, tudo será apurado. Nossos processos são totalmente transparentes, não temos nada a dever”, disse, complementando:
“Essas pessoas que querem nos investigar, e têm esse direito por serem parlamentares que participaram de um governo que recebeu centenas e centenas de milhões extras no orçamento da saúde e sequer alcançaram os gastos constitucional com a saúde, estão aí penduradas em vários processos nos órgãos de controle para darem conta disso aí”.
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