Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revelou que a presença de militares ocupando cargos civis praticamente triplicou no governo de Jair Bolsonaro, em comparação com 2013.
Os representantes das Forças Armadas estavam em 370 postos há nove anos, e passaram a ocupar 1.085 no ano passado, um aumento de 193%.
Dados mostram também que Bolsonaro distribuiu uma quantidade significativa de cargos para oficiais em ministérios estratégicos, como Saúde, Economia e Meio Ambiente.
Uma reportagem do Estadão, publicada no domingo, 29, informou também que as Forças Armadas tiveram o maior ganho salarial entre os servidores federais nos últimos 10 anos.
Segundo o Ipea, a maior ocupação de militares aparece nos cargos de Direção e Assessoramento Superior (DAS) e Função Comissionada do Poder Executivo (FCPE). Os titulares desses postos gozam de poder e prestígio administrativo na burocracia governamental. Entre 2013 e 2018, a presença de militares nessas posições variou de 303 cargos para 381.
Com a chegada de Bolsonaro ao poder, o número praticamente dobrou em 2019, chegando a 623 cargos. Em 2021, eram 742. Nos cargos de Natureza Especial, considerados de “primeiro e segundo escalões”, a presença de militares passou de 6 para 14.
No Ministério da Economia, por exemplo, havia apenas um militar, em 2013. Em 2021, eram 84, um aumento de 8.300%. No Ministério da Saúde, os militares passaram de 7 para 40, um crescimento de 471%. No Meio Ambiente, de 1 para 21 – 2.000% a mais.
Há ainda uma alta de 650% nas funções comissionadas da Educação, com salto de 2 militares para 15. Na Defesa, no mesmo período, o crescimento foi de 33,5%, pois os militares eram 167 e passaram a ser 223.
Com informações da Tribuna do Norte
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