Cientistas alertam que o El Niño, um fenômeno climático que provoca mudanças na força e direção dos ventos alísios que sopram do leste para o oeste no Oceano Pacífico, pode se formar novamente nos próximos meses e ser ainda mais forte do que em 2016. Esse fenômeno pode levar a um aumento significativo das temperaturas oceânicas na área central e leste do Pacífico, o que pode resultar em fortes chuvas, inundações, incêndios florestais, branqueamento de corais, perda de florestas tropicais e degelo polar.
O aquecimento dos oceanos também está aumentando de forma “acentuada e inesperada”. Combinados, esses eventos podem levar as temperaturas globais a níveis recordes entre 2023 e 2024.
O Serviço Meteorológico dos Estados Unidos emitiu um alerta para El Niño, com 62% de chance de que esse fenômeno se desenvolva entre maio e julho deste ano. De acordo com os especialistas, esse fenômeno pode provocar um aquecimento significativo da atmosfera que se somará ao aquecimento global causado pelo ser humano.
A segunda metade deste ano e mais provavelmente o ano que vem serão um período extremamente quente, com muitas ondas de calor. O professor Ángel Adames Corraliza, da Universidade de Wisconsin, nos EUA, destaca que há diversos sinais que sugerem que o fenômeno ocorrerá, como as altas temperaturas registradas ao longo da costa do Peru.
O El Niño pode provocar mudanças nas condições climáticas e no clima em geral tanto na América do Norte quanto na América do Sul e em outras partes do mundo. Adames afirma que é possível que 2024 ou o fim deste ano seja um dos mais quentes já registrados. Ele também adverte que o movimento das águas quentes provocado pelo El Niño tem consequências para o ciclo hidrológico na costa oeste da América do Sul, especialmente no Peru e no Equador.
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