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O ABRAÇO DE JACARÉ QUE REVOLTOU A DIREITA

 

Reprodução

A troca de afagos registrada em imagens entre o ex-juiz federal da Operação Lava-Jato, Sergio Moro (União Brasil-PR) e o ministro escolhido para o Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, durante a sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado não repercutiu positivamente para o ex-juiz da Lava-Jato. Nas redes sociais, o parlamentar se tornou alvo de críticas de lideranças da direita. Em especial, de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de quem foi ministro da Justiça entre 2019 e 2020.

O rompimento entre Moro e Bolsonaro já havia ocorrido em maio de 2020, quando o ex-juiz deixou a pasta e denunciou o então mandatário por suposta interferência na Polícia Federal (PF). Na campanha eleitoral do ano passado, contudo, os dois voltaram a se aproximar e estiveram juntos em um dos debates presidenciais. Desde que assumiu seu mandato no Senado, Moro aderiu à oposição ao governo federal, o que foi encarado como um aceno aos eleitores bolsonaristas.

No entanto, o casamento do passado entre ex-presidente e ex-ministro parece ter sido sofrido outro desgaste. Após a repercussão da foto de Moro cumprimentando Dino gerou uma reação quase imediata. O clã Bolsonaro foi o primeiro a levantar críticas e ironias nas redes.

Ainda durante a sabatina, Carlos Bolsonaro ironizou Moro no Instagram: “Quase me assustei, mas temos que unir a direita”, em referência a uma fala do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), de setembro que é constantemente criticada pelos apoiadores de Bolsonaro.

Na manhã desta quinta-feira foi a vez de Michelle e Eduardo. A ex-primeira-dama debochou: “Quanta cumplicidade”. Já o deputado federal repercutiu uma frase atribuída ao ex-primeiro ministro do Reino Unido Winston Churchill (1874-1965): “Entre a desonra e a guerra, eles escolheram a desonra, e terrão a guerra”. Mais tarde, ainda publicou uma imagem reunindo Moro a outros nomes do MBL com a legenda “isentões”.

Parlamentares da tropa de choque bolsonarista se uniram à família. Entre eles, Nikolas Ferreira (PL-MG) que questionou se Moro teria votado a favor da indicação de Dino. O senador não divulgou seu posicionamento. Nikolas usou também a mesma frase de Churchill citada por Eduardo.

O deputado André Fernandes (PL-CE) afirmou que Moro deu seu aval ao ministro escolhido para o STF: “Falta de caráter. Traiu o Bolsonaro em 2022 e traiu o povo brasileiro hoje. Espero sinceramente que seu processo de cassação ocorra o mais rápido possível! Já era, Moro! Você hoje é unanimidade… odiado pela direita e esquerda”, escreveu o deputado em uma postagem do senador.

O parlamentar do PL se referiu ao processo que tramita no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), que pode levar a cassação do ex-juiz. Moro é acusado de abuso de poder econômico e político nas eleições do ano passado por ter trocado de partido e cargo com as despesas em vigência.

Em contrapartida, o ex-juiz da Lava-Jato também foi criticado por aliados do presidente Lula (PT). Na visão do deputado federal Bohn Gass (PT-RS), afirmou que o ex-juiz fracassou durante a sabatina ao escolher questionar Dino sobre segurança pública. “Quando ministro, disse ‘amém’ à enxurrada de armas e nada fez contra as milícias”, opinou o petista.

Enquanto o nome do senador passou a ser criticado por lideranças da direita, seus aliados não se manifestaram. Ativos nas redes, a sua esposa, Rosangela Moro, e o ex-procurador da Lava-Jato Deltan Dallagnol ficaram em silêncio. De acordo com o repórter Rodrigo Castro, da coluna do Lauro Jardim, o afago do ex-juiz incomodou seu aliado.

A interlocutores, ele teria criticado Moro e chegou a dizer que “se esse fosse o preço para não ser cassado, jamais o pagaria”.

O Globo

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