DEMANDA POR OVOS DE CHOCOLATE CRESCE 20% ANTES DA PÁSCOA NO RN.CAICOENSE É DESTAQUE NA FABRICAÇÃO CASEIRA.
Da Agência Sebrae:
Após o carnaval, a rotina de trabalho de muitos Microempreendedores Individuais começa a se intensificar, principalmente para aqueles que produzem doces e ovos de chocolate ou produtos ligados à Páscoa. Nesse período, a demanda cresce e as vendas acompanham o ritmo, chegando a registrar um aumento médio de 20%. Tanto que a data, juntamente com o Natal, é considerada a melhor época para o setor. O faturamento de alguns empreendedores atendidos pelo Sebrae no Rio Grande do Norte chegam a subir substancialmente devido às guloseimas.
É o caso da microempreendedora Ana Santana, que mantém um negócio em casa, a Dona Bela Doceria, na cidade de Caicó. O foco da empresa é a fabricação de doces para festas e casamento, no entanto, nessa época, a produção é voltada para a Semana Santa com a confecção de ovos de páscoa trufados. Nesse momento, a produção dos 12 mil docinhos comercializados mensalmente reduz o ritmo e se volta aos ovos, que a empresa fornece em três linhas: a clássica, a gourmet (com chocolate belga) e os ovos de colher.
“Foi a forma que encontrei de me diferenciar da concorrência. Os ovos trufados são uma novidade na região”, diz a empresária, formalizada como MEI desde outubro de 2012. Toda a produção é comercializada entre clientes da região Seridó, de Natal e cidades da Paraíba. A expectativa é que a Dona Bela produza por encomenda mais 1500 ovos de chocolate, quantidade vendida no ano passado, até a Páscoa. Espera vender cerca de 20% a mais, o que deve proporcionar um faturamento entre R$ 15 mil e R$ 17 mil.
“O Natal e a Páscoa são as melhores datas para o meu negócio. Se fosse me dedicar apenas aos docinhos, o meu faturamento ficaria em torno de R$ 2 mil e R$ 3 mil, já que a média de pedidos é de 30 encomendas por mês”, compara Ana Santana, que viu na formalização a receita certa para expandir o negócio e aumentar os lucros. “Só com o CNPJ consigo comprar alguns produtos da área de confeitaria. Além disso, se um cliente for empresarial, só posso vender com nota fiscal, que agora consigo emitir”. A evolução da empresa ao longo de cinco anos é tão marcante que a microempreendedora já faz planos, um deles é a aquisição de uma cozinha industrial e a contratação de um funcionário. “Espero até julho estar com uma pessoa contratada com carteira assinada”.
Chocolates
A Páscoa também adoça o faturamento da loja de Ingryd Barbalho. A microempreendedora mantém uma doceria situada à rua São José, no bairro de Lagoa Nova, em Natal. Nesse período, a clientela esquece um pouco dos cupcakes, alfajores, pães de mel e brigadeiros gourmet. As atenções são para os ovos de páscoa.
“Nesses meses, a gente esquece um pouco as encomendas de festas e se concentra nos ovos de chocolate. A procura cresce 20%. Já tenho mais de 2,1 mil encomendas de ovos de páscoa”, diz a proprietária da Ingryd Chocolates. Para a empresária, o chocolate é o ingrediente principal de uma engrenagem que movimenta cerca de R$ 15 mil por mês. Receita que deve ter incremento de 20% até o dia 20 de abril. Formalizada como MEI desde 2010, ela investiu na doceria e abriu a loja há pouco mais de um ano e já tem um funcionário contratado formalmente.
Embalagens temáticas
Até quem não atua com chocolate também lucra com uma das temporadas mais doce do ano. Naya Alves é uma delas. Proprietária da empresa Balas da Vovó, uma microempresa de Parnamirim especializada na fabricação de balas de leite artesanais, a empreendedora viu que podia tirar proveito da Páscoa, oferecendo as balinhas em embalagens temáticas. As Balas da Vovó são vendidas em latinhas estilo retrô, mas, nessa época, são vendidas também em cenouras.
“Foi a estratégia para aumentar as vendas do meu produto sem recorrer à produção de ovos de chocolate. Percebi que, nesse período, não importa tanto o produto, desde que seja doce e venha e uma embalagem especial ligada à data”, diz Naya Alves. Com essa estratégia, a empresa deve ter um acréscimo de 30% no faturamento bruto. Atualmente, a produção gira em torno de 700 latas de balas por mês – cerca de 70 quilos – que são vendidas em 40 pontos de vendas em Natal e outras cidades, como São Paulo, Brasília (DF) e João Pessoa (PB). Ainda neste semestre, a empresa terá pontos de vendas também em Salvador (BA).
Comentários
Postar um comentário