A
Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira (29), em São Paulo, o advogado José
Yunes, amigo e ex-assessor do presidente Michel Temer e, em Monte Alegre do Sul
(SP), o empresário Antonio Celso Greco, dono da empresa Rodrimar, que
opera no porto de Santos.
As
prisões são parte da Operação Skala, deflagrada nesta quinta pela PF em São
Paulo e no Rio de Janeiro.
PRESOS NA OPERAÇÃO DA PF
José Yunes, advogado, amigo e ex-assessor do presidente
Michel Temer
Antônio Celso Greco, empresário, dono da
empresa Rodrimar
João Batista Lima, ex-coronel da Polícia Militar de São
Paulo e amigo de Temer
Wagner Rossi, ex-deputado, ex-ministro e
ex-presidente da estatal Codesp
Milton Ortolan, auxiliar de Wagner Rossi
Também
foram presos na mesma operação o ex-ministro da Agricultura e ex-deputado
federal Wagner Rossi, que em 1999 e 2000 foi diretor-presidente da Companhia
Docas do Estado de São Paulo, estatal administradora do porto de Santos; Milton
Ortolan, auxiliar de Rossi; e o ex-coronel da Polícia Militar de São Paulo
João Batista Lima, outro amigo do presidente Michel Temer.
A
operação foi autorizada pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal
Federal (STF), relator do inquérito que investiga se Temer, por meio de
decreto, beneficiou empresas do setor portuário em troca de suposto recebimento
de propina.
Em
30 de novembro do ano passado, Yunes prestou depoimento à Polícia Federal,
no inquérito dos portos. Na ocasião, ele relatou uma operação de venda de
imóvel para o presidente Michel Temer. No mesmo inquérito, o ministro Luís
Roberto Barroso autorizou em março a quebra do sigilo bancário de Temer.
Yunes
é apontado pelo operador financeiro Lúcio Funaro, delator da Operação Lava Jato,
como um dos responsáveis por administrar propinas supostamente pagas ao
presidente. De acordo com Funaro, para lavar o dinheiro e disfarçar a
origem, Yunes investia valores ilícitos em sua incorporadora imobiliária.
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