Um estudo feito pela empresa de consultoria Ipsos para o Fórum Econômico Mundial concluiu que cerca de três em cada quatro adultos em 28 países concordam que viajantes só devem entrar em seus países (dos entrevistados) caso apresentem um comprovante de que foram vacinados contra a Covid-19 ou um documento que comprove que realizaram recentemente um teste cujo resultado deu negativo.
No Brasil, 84% dos participantes que responderam à pesquisa concordaram que turistas só devem desembarcar no país se apresentarem o “passaporte de vacinação”. Para os entrevistados, isto garantiria mais segurança à viagem e aos eventos de grande porte.
Cerca de dois em cada três entrevistados nos 28 países concordam que o acesso a locais públicos, como grandes eventos e estádios de futebol deveriam exigir o “passaporte de vacinação”. Entre os entrevistados brasileiros, a porcentagem foi um pouco maior: 75%.
Além disso, quase metade dos entrevistados concordam que o documento deve ser exigido por lojas, restaurantes e escritórios.
Na pesquisa global, uma média de oito em cada dez dizem que se sentem confortáveis permitindo que seu médico acesse seus dados pessoais de saúde e registros de vacinação. No entanto, pouco mais da metade entre os que estão empregados concorda que não se importariam se seus empregadores tivessem acesso a essas informações, e metade de todos os adultos ficariam confortáveis caso o governo acessasse esses dados. Apenas quatro em cada dez adultos ficariam confortáveis caso as informações fossem acessadas por empresas privadas, como companhias aéreas e hotéis.
No geral, os idosos tendem a se sentir mais confortáveis em permitir que o médico tenha acesso às informações sobre saúde e vacinação do que os mais jovens. Em contraste, os mais jovens tendem a se sentir mais confortáveis permitindo que seu empregador, seu governo e empresas privadas acessem suas informações pessoais de saúde. Pessoas com níveis mais altos de educação ficam um pouco mais confortáveis com o acesso de seu médico, governo e empresas privadas aos seus dados de saúde do que aqueles com níveis mais baixos de educação.
No Brasil, 77% dos entrevistados disseram se sentir confortáveis caso seus médicos tenham acesso às suas informações de saúde e vacinação; 62% não se importariam caso os dados fossem vistos por seus empregadores; e 49% ficariam confortáveis caso os dados fossem acessados pelo governo ou por empresas privadas.
A pesquisa foi realizada online com mais de 21 mil adultos entre 26 de março e 9 de abril de 2021. Foram ouvidas aproximadamente mil pessoas em cada um dos seguintes países: Austrália, Bélgica, Brasil, Canadá, China continental, França, Alemanha, Grã-Bretanha, Itália, Japão, Espanha e os EUA. E 500 pessoas em Argentina, Chile, Colômbia, Hungria, Índia, Malásia, México, Holanda, Peru, Polônia, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Coreia do Sul, Suécia e Turquia.
Outra pesquisa da Ipsos realizada online com mais de 15 mil adultos em 12 países, de 8 a 11 de abril, mostra que o público global está dividido sobre a a ideia de deixar restrita apenas àqueles que foram vacinados a permissão para participar de atividades que envolvem grandes grupos de pessoas, como andar de transporte público, viajar e participar de eventos culturais e esportivos. No Brasil, 63% concordam com esta ideia.
De O Globo
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