O discurso final da “superlive” que teve duração de mais de 4 horas, o candidato à Presidência pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, fez uma fala reforçando a necessidade de unir forças para combater o ódio e vencer o “inimigo comum” já no primeiro turno. A estratégia da campanha é, justamente, recorrer à ideia de preservar a democracia e os direitos da população como forma de atrair os indecisos e eleitores dos adversários, sem entrar em uma “guerra aberta” de esvaziamento de candidaturas como de Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB).
Com apelo à pauta democrática, o ex-presidente afirmou que nestes poucos dias até as eleições, marcadas para o dia 2 de outubro, “é preciso trabalhar para conquistar os votos”. “Daqueles que amam a democracia. Digo sempre que a democracia não é um pacto de silêncio, ela é ruidosa, ela é barulhenta. Porque nela ecoa muitas vozes, e é em defesa da democracia que tantas vozes estão hoje aqui reunidas nesse palco”, enfatizou. “Estamos há um passo da vitória em 2 de outubro. Falta um tiquinho, só um tiquinho”.
Ele minimizou, sem mencionar os adversários, as críticas que enfrenta por realizar supostamente uma “ofensiva” para atrair os eleitores de outros candidatos. “Todas as eleições que participei eu tentei ganhar em primeiro turno (…) Não pensa que a gente gosta de ir para o segundo turno, a gente gosta de ganhar”, disse.
Ainda na tentativa de conquistar diferentes forças para vencer o pleito no próximo dia 2 de outubro, o petista voltou a repetir a frase do filósofo Paulo Freire sobre “unir os divergentes para melhor enfrentar os antagônicos”. Ele citou a aliança com o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), que era um adversário histórico, como exemplo claro da missão de “pacificar e reconstruir o Brasil”.
“De lá para cá esse movimento de união só fez crescer. No início éramos apenas três partidos, hoje somos dez. Fomos ganhando cada vez mais adesões de outras forças políticas, inclusive ex-candidatos a presidente que em algum momento foram adversários do PT”, afirmou. “Basta de tanto ódio, de tanta destruição, de tantas mentiras, de tanto sofrimento e de tantas mortes”, emendou, em crítica velada ao atual governo.
“O tempo do ódio, o tempo da guerra, o tempo da desordem e da desunião está chegando ao fim (…) Cabe a nós inaugurar um novo tempo. Tempo de paz, democracia, união, prosperidade, amor e esperança”, afirmou.
Estadão Conteúdo
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