O colombiano Luis Garavito estuprou, torturou, mutilou e matou ao menos 193 meninos e jovens.
Ele é considerado o maior assassino em série da História moderna. Ano que vem, entretanto, ele estará elegível ao regime condicional.
Entre 1992 e 1999, Garavito, apelidado de La Bestia (A Fera), atacou crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade nas ruas. Muitas vezes, ele ganhava a confiança das vítimas se fingindo de padre. O número total de vítimas ainda é desconhecido, mas pode chegar a 300.
As investigações sobre os assassinatos começaram quando foi descoberta uma vala comum com os corpos de mais de 35 crianças.
Quase todos eram meninos e apresentavam sinais de agressão sexual e tortura prolongada. A polícia chegou a Garavito após ele esquecer objetos pessoais numa cena de crime.
O colombiano acabou adormecendo com um cigarro na mão e provocou incêndio. Ele se queimou e deixou para trás dinheiro, óculos queimados, shorts, sapatos e roupas íntimas.
Durante a investigação, a namorada entregou a agentes uma mala que Garavito havia deixado na casa dela. Dentro, investigadores encontraram fotos de meninos, um diário de mortes e “lembranças” de vítimas.
Inicialmente, o serial killer foi condenado a 1.853 anos e 9 dias de prisão, a maior sentença da História da Colômbia. Porém a lei mudou, determinando em 40 anos a pena máxima no país. Como ajudou a polícia a encontrar os corpos de várias das suas vítimas, Garavito teve a pena reduzida para 22 anos.
Ele alega ter “comportamento exemplar” na cadeia. O condenado diz que uma “força do mal” o fazia cometer os crimes bárbaros.
Em 2006, em entrevista, Garavito disse que pensava em abraçar a carreira política, com plataforma de luta contra o abuso de crianças.
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