BENEFICIADO POR TOFFOLI , ROGÉRIO MARINHO CRITICA DECISÃO DE MINISTRO QUE CONSIDERA PRISÃO DE LULA ERRO HISTÓRICO
Do Blog do Barreto
O senador Rogério Marinho (PL) gravou vídeo em que manifesta repúdio para decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli que anulou as provas do acordo de leniência da Odebrecht e classificou o a prisão do presidente Lula da Silva (PT) por mais de 500 dias como o maior erro do judiciário brasileiro.
Rogério, que ano passado foi beneficiado por uma decisão do mesmo Dias Toffoli, agora trata a sentença do magistrado como um mal exemplo para as futuras gerações. “Qual o exemplo que queremos deixar para os nossos filhos, nossos netos, para as pessoas que vivem no Brasil? O crime compensa? A corrupção deve ser realmente um mal endêmico e tolerado dentro da sociedade? Pessoas públicas estão acima do bem e do mal? Os poderosos sempre vencem?”, questionou.
“Nós não podemos aceitar situações como essa de forma resignada”, complementou.
Em outro trecho do vídeo, Rogério lembra que a corrupção na Petrobras é o maior escândalo de corrupção já registrado no Brasil e que o acordo de leniência agora anulado permitiu recuperar parte do dinheiro desviado. “Esse acordo nos permitiu descortinar o maior escândalo de corrupção da história do nosso país. Mais de R$ 6 bilhões foram devolvidos”, mensurou. “O que aconteceu no Brasil recente não pode ser apagado com uma decisão judicial”, acrescentou.
O mais irônico na fala de Rogério Marinho é que no ano passado Toffoli suspendeu o andamento de um processo contra ele por manutenção de um esquema de servidores fantasmas quando o hoje senador presidiu a Câmara Municipal de Natal entre 2005 e 2007. A decisão do magistrado travou o andamento da ação na 7ª Vara Criminal da capital, mas o caso andou na esfera cível onde ele chegou a ser condenado esse ano por improbidade administrativa, inclusive com previsão de perda de mandato.
Marinho conseguiu se livrar da pena no mês passado no julgamento de embargos de declaração e o juiz Bruno Montenegro Ribeiro Dantas, da 6ª Vara da Fazenda Pública de Natal, avaliou que o processo estava prescrito.
Nota do Blog: será que quando Rogério é o réu o que aconteceu não pode ser apagado por uma decisão judicial?
Assista o vídeo:
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