Luciana Araújo, viúva do prefeito Neném Borges Foto/Reprodução
Familiares do ex-prefeito de São José do Campestre, Joseilson Borges da Costa (Neném Borges), assassinado no último dia 18 de abril, afirmam que a família do ex-gestor sofreu perseguições políticas por parte da atual gestão. O episódio mais recente, segundo os parentes, foi a concessão de homenagens a Neném Borges durante a manifestação cívica realizada no dia 7 de Setembro.
De acordo com a vereadora Ana Clara Borges (PP), que está sobrinha do prefeito assassinado, a ordem para proibir homenagens a Neném Borges teria partido do atual prefeito Eribaldo Lima (MDB).
“Foi ordem do prefeito, o secretário de Educação saiu avisando em todas as escolas, inclusive nas escolas do Estado. Em todas as escolas do Município. A diretora que deixou a escola homenagear ele [Neném Borges] seria demitida – porque aqui não é eleição escolar, é indicação do prefeito”, disse a vereadora ao AGORA RN.
“A prova maior é que ontem as escolas fizeram homenagem para minha tia, Eliza Borges, que era professora da rede municipal e que morreu 86 dias após a morte de Neném e não fez nenhuma homenagem para ele”, argumenta.
Apesar da situação, familiares e amigos do ex-chefe do Executivo divulgaram faixas pela cidade em homenagem a Neném Borges. Após o desfile, no entanto, algumas faixas foram retiradas e queimadas. Ana Clara atribuiu o fato a pessoas ligadas a Eribaldo.
“É uma tentativa de apagar a memória do prefeito e amedrontar a nossa família, só pode ser isso, uma perseguição política”, acusa Ana Clara.
Luciana Araújo, viúva de Neném Borges, afirma que a população está revoltada com o que aconteceu em São José do Campestre. Ela acusou o prefeito e o secretário de Saúde, Anderson Andrade, de queimar as faixas espalhadas na cidade em homenagem ao ex-prefeito.
“A perseguição continua. Eles querem silenciar a população para não tocar no nome de Neném Borges. Colocamos as faixas e eles arrancaram e colocaram fogo”, lamentou.
Agora RN
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