Por David Medeiros
Numa manifestação em Varsóvia, a favor da Palestina, eram vistos os dizeres "Mantenha o mundo limpo", acompanhados de uma imagem de uma estrela de David em uma lixeira.
O que deveria ser uma demonstração de apoio ao povo palestino que sofre nas mãos do Hamas, acabou sendo um ato de apoio ao grupo terrorista.
O antissemitismo do Hamas não é uma ameaça apenas aos israelenses, os objetivos genocidas do grupo o colocam no mesmo nível do Nazismo. Ou seja, defender o fim dos judeus, é defender o Nazismo de Adolf Hitler.
Foto:Reprodução/AFP
De grosso modo, o nazismo prega a destruição de todos os povos e indivíduos que possam contaminar a presumida pureza da raça ariana. Essa ideologia foi posta em prática por Adolf Hitler nas décadas de 1930 e 1940, como política de Estado, na Alemanha e nos países invadidos pelo ditador.
Entre as vítimas dos nazistas, estiveram principalmente judeus.
Apenas entre 1941 e 1945, 6 milhões de judeus foram executados nos campos de extermínio nazistas. Para efeitos de comparação, esse é quase o mesmo número de habitantes do Estado do Ceará. O genocídio do povo judeu ficou conhecido como Holocausto e é reconhecido como um dos episódios mais traumáticos da história da humanidade.
A lei brasileira de 1989 que elenca os crimes de racismo se baseia no artigo da Constituição que os descreve como inafiançáveis e imprescritíveis.
Originalmente, contudo, a lei se concentrava no racismo e não tocava de forma explícita no nazismo e na sua ideologia racista.
A primeira referência à apologia do nazismo foi incluída nessa lei apenas em 1994, por meio de um projeto do deputado Alberto Goldman (PSDB-SP). A segunda referência, em 1997, com uma proposta do então deputado e hoje senador Paulo Paim (PT-RS).
Quem na época achou exagerados os acréscimos à lei e argumentou que os preceitos extremistas de Hitler jamais encontrariam solo fértil no Brasil, tão pacífico e distante da Europa, acabaria sendo surpreendido pela realidade.
A ONG Safernet, que defende os direitos humanos na internet, identificou um recente aumento no número de sites com conteúdo nazista e entre 2020 e 2023, conseguiu a remoção de 8 mil páginas com essa temática.
A ONG recebe denúncias e as encaminha para o Ministério Público.
Estudos acadêmicos apontam um crescimento no número de células neonazistas no Brasil. Atualmente existem em torno de 500, espalhadas por todas as regiões do país, de acordo com estudo da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Com o início da Guerra entre Israel e o Hamas, vemos diariamente apoio ao grupo terrorista, seja por razões políticas ou ideológicas, extremistas degladeando o ódio nas redes sociais.
Seja inteligente, não caia nessa. Defender o terrorismo do Hamas é defender o extermínio de judeus. E isto é inaceitável!
Essa é a minha opinião.
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