Em um depoimento de sete horas à Polícia Federal, o ex-comandante do Exército Freire Gomes afirmou que Jair Bolsonaro apresentou, em uma reunião com comandantes das Forças Armadas, hipóteses para dar o golpe de Estado.
No encontro, Bolsonaro detalhou a possibilidade de “utilização dos institutos jurídicos” que abriram espaço para decretar Garantia da Lei e da Ordem (GLO), Estado de Defesa ou Estado de Sítio, em relação ao resultado das eleições que deram a vitória a Lula. Os detalhes foram divulgados pelo jornal O Globo ontem à noite.
Em um trecho do depoimento, Freire Gomes “respondeu QUE se recorda de ter participado de reuniões no Palácio do Alvorada, após o segundo turno das eleições, em que o então Presidente da República JAIR BOLSONARO apresentou hipóteses de utilização de institutos jurídicos como GLO, ESTADO DE DEFESA e ESTADO DE SÍTIO em relação ao processo eleitoral”.
Freire Gomes disse ter adotado uma postura “de forma contundente” contra a proposta golpista, posição que teria sido acompanhada pelo brigadeiro Baptista Junior (Aeronáutica), relatando que aquilo não teria suporte jurídico. Paralelamente, porém, disse se recordar que o almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha, “teria se colocado”.
Freire Gomes insistiu que deixou claro o seu posicionamento, dizendo que o Exército não atuaria em tais situações e que chegou, inclusive, a dizer para Bolsonaro que aquilo “poderia resultar na responsabilização penal do então presidente da República”..
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