O ex-presidente Fernando Collor de Mello é o terceiro a ser preso desde a redemocratização no Brasil. O político deve cumprir a pena de 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro em meio ao escândalo da Lava Jato, após decisão de Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
Luiz Inácio Lula da Silva e Michel Temer também foram presos após passarem pela presidência da República. O petista, por corrupção e lavagem de dinheiro e Temer, por investigações relacionadas às obras da usina nuclear de Angra 3.
Também desde a redemocratização, apenas os presidentes Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso não foram alvos de inquéritos ou denúncias. Lula, Temer, Collor, Jair Bolsonaro, Dilma Rousseff e José Sarney já foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República.
Entenda as prisões de Collor, Lula e Temer
Fernando Collor de Mello foi condenado em 2023 por corrupção e lavagem de dinheiro. Ele era acusado de receber R$ 20 milhões em propinas da UTC Engenharia para facilitar contratos com a BR Distribuidora, braço da Petrobras.
Essa empresa estaria tentando vantagens em contratos de construção de bases de distribuição de combustíveis. Collor foi considerado culpado e então condenado à prisão por 8 anos e 10 meses.
Moraes decidiu prender Collor por trânsito em julgado, ou seja, considerou que não há mais prazo para recursos. A defesa dele tentava adiar a prisão, o que não foi possível. A prisão deve valer a partir desta sexta-feira (25). Além dos anos de prisão, Collor foi condenado a pagar 90 dias de multa. Há a expectativa de que ele devolva os R$ 20 milhões de maneira solidária.
Temer
Michel Temer foi preso de forma preventiva em 2019, por questões cautelares. Ele era alvo da Lava Jato do Rio de Janeiro, que investigava crimes de corrupção ativa e passiva, lavagem de capitais e fraudes à licitação.
Temer era acusado de envolvimento em uma organização criminosa que atuou na construção da usina nuclear de Angra 3. O ex-presidente passou seis dias na prisão e foi solto após decisão do Tribunal Regional Federal da 2ª Região.
Lula
O então ex-presidente foi preso em 7 de abril de 2018 após ser condenado a 12 anos e 1 mês por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no caso do triplex do Guarujá, no litoral de São Paulo.
Lula era acusado de receber propina da empreiteira OAS em troca de favores na Petrobras. A defesa do ex-presidente nega. Ele também foi condenado a 12 anos e 11 meses por corrupção e lavagem de dinheiro por receber propina por uma reforma em um sítio em Atibaia (SP). A defesa também nega esta acusação.
No total, Lula ficou preso por 1 ano, 7 meses e 1 dia, ou seja, 580 dias. Ele foi solto em 8 de novembro de 2019, um dia após o STF ter considerado a prisão em segunda instância inconstitucional.
As duas condenações e outros dois processos contra Lula por corrupção foram anulados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, em 2021.
Com informações da Band
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